É gostoso quando encontramos a nossa dança e acertamos os passos na criação dos nossos filhos. Quando conversamos sobre eles e tiramos conclusões, compartilhamos pensamentos e percepções. Quando um diz: “Percebi que a nossa filha está diferente”. E o outro completa: “Já venho olhando isso e acho que é por conta daquilo”. Ou quando comentamos do jeito de um filho, que é diferente do jeito do outro, que é parecido com a da outra… Adoro as nossas conclusões e devaneios sobre nossas crias.

Gosto de saber que somos parceiros nas decisões que se referem a eles e me dá um alívio quando descubro que pensamos igual em várias questões: alimentação, pedagogia, prioridades na vida, ritmo, rotina e tudo o que se refere aos nossos filhos.

Apesar das brincadeirinhas que fazemos de quem nossos filhos gostam mais (entre nós), não tenho ciúmes de dividir esse amor. Sinto, na verdade, alegria e mais admiração por você quando os vejo correndo na sua direção e pulando no seu colo depois de um dia fora de trabalho. Ou quando o Leon grita “acabeeeei e fiz cocô” e eu não posso limpá-lo porque ele só quer que você faça isso. Me sinto ainda mais feliz quando percebo que essa conexão também rolou com você, que essa segurança deles também acontece contigo. Porque isso mostra que desde sempre você foi presente na vida deles.

E entre essa nossa dança, que também tem muitos pisões nos pés, a gente acaba se acertando.

Sabe que às vezes é até necessário estarmos em ritmos diferentes, para um salvar o outro nessa coreografia do maternar e paternar? Quando, por exemplo, um se perde depois de respirar 40 vezes e contar até mil, e o outro percebe, dá o sinal para se afastar e assume a situação.

Isso é parceira. E é bom te ter como parceiro nessa. É gostoso saber que estou com a pessoa que quer tanto o bem dos nossos filhos quanto eu.

📸 @instintofotografia