Respeitar nosso filho desde sempre é respeitá-lo desde quando ele ainda está em nosso ventre. É respeitar seu tempo para que ele nasça quando estiver pronto, preparado.
É esperar seu sinal para saber que está na hora de nascer.
Quando escolhemos por ele e decidimos a data que nos convém ao invés de deixá-lo escolher, estamos tirando seu direito de nascer quando quiser.
Você já pensou na falta de empatia que é um bebê estar dormindo, confortável, terminando de formar seu corpinho para vir ao mundo, e aí alguém faz uma cirurgia para tirá-lo de lá antes mesmo de ele estar maduro para isso? Alguém o avisou que ele estaria chegando? Alguém perguntou para ele se estava pronto isso?
Quando fazemos uma cesárea eletiva (e sem necessidade), é isso que fazemos com o bebê: decidimos por ele, sem nem se preocupar com o que é melhor para o nosso filho.
O pulmão é o último órgão a se formar. E quando ele fica pronto, o bebê envia um sinal para a mãe dizendo: “Bóra nascer?” E aí o corpo da mãe entra em trabalho de parto. A natureza é maravilhosa, é tudo mágico, encantador e perfeito. Não sei porque tentamos ainda fazer diferente.
Quando se marca uma cesárea sem necessidade, seu filho está nascendo antes da hora. Você tirou os últimos dias dele de formação e de aconchego. E, muitas vezes, esses bebês acabam indo para a UTI porque o pulmãozinho ainda não estava maduro o suficiente para começar a trabalhar. Veja só que preocupante!
É muito egoísmo fazermos isso com um serzinho tão pequeno. O meu desejo é que cada dia mais, mais e mais mães se conscientizem disso para que respeitem seus filhos desde o nascimento.
Algumas aqui já sabem da minha trajetória como mãe de 3 que nasceram de partos humanizados, e também como fotógrafa e videomaker de parto. Eu tive a honra de acompanhar muitos nascimentos respeitosos de pertinho. E vou falar para vocês: é a coisa mais emocionante que existe. É uma força potência, luz e energia indescritível!
E olhar o bebezinho naquelas primeiras horas de vida sendo recebido da melhor forma possível, aquece o coração, inunda nosso corpo e ilumina nossa alma.
Por isso, pense, repense e decida: de que forma você quer que seu filho venha ao mundo?