Se eu pudesse escrever uma carta à mim mesma de anos atrás, seria essa: “Meu amor, quero te preparar para algo que virá. Um período que vai ser difícil de lidar, mas que digo com toda certeza: você vai ser forte e passar por tudo. Vai ser sofrido, mas depois de alguns anos, você carregará menos dor e muito aprendizado.

É isso que vai te fazer ter empatia pelos mais fracos, ter um olhar atento aos excluídos, sentir a dor dos não pertencentes. E isso te faz uma pessoa melhor. Inclusive uma mãe melhor do que você imaginava que seria, que se esforça para ser presente, para escutar seus filhos e enxergar suas dores.

A dificuldade que comentei é em relação à época da escola, dificuldades de adaptação com a mudança de cidade, de não ser aceita em grupos e de não se sentir pertencente.

Minha vontade era de estar presente, assim adulta, para te abraçar todos os dias que você se sentir triste e mostrar que você não está sozinha.

Era de falar coisas lindas à você, para que tenha certeza de que é amada, querida e linda. E para que nunca duvide do seu potencial. Minha vontade é de você se enxergar com os olhos que eu te vejo hoje, com o orgulho que tenho hoje e com o amor que sinto hoje por você, por nós.

É cruel o que algumas pessoas fazem para machucar os outros. E sabe o que é lindo de ver? Que você não chegou nem perto de ser alguém como aquelas pessoas.

Quero te contar mais uma coisa: Você descobriu seu potencial, sua beleza, suas milhares de qualidades! E continua descobrindo dia após dia…

Você se tornou quem você já era, mas nunca havia percebido.

Estamos juntas, estou com você. E você está em mim.

Somos uma só. E sem você eu jamais seria quem sou hoje.

Obrigada por ser tão autêntica, tão forte e por nunca ter perdido sua essência.

Eu enxergo você, amo você e sou grata a você. E por isso consigo me amar hoje.

Um beijo. Sigamos firmes. E juntas. Sempre.”