A gente vive ouvindo o quanto o cara é “paizão” por simplesmente paternar.
Como o homem vira herói por levar o filho à escola, trocar fraldas, fazer a janta e dar banho na criança, né? Enquanto isso, a mãe, que faz isso tudo e um pouco mais todo santo dia, está apenas cumprindo com sua obrigação aos olhos da sociedade.
Acho legal falarmos sim dos pais que fazem a parte deles, até porque é minoria e ainda há muito o que desconstruir. Mas não, ele não é um paizão por isso.
Aqui, o Otávio sempre foi presente: horas no sling com as crias, banhos no colo, colocar para dormir, fazer almoço e janta (até porque eu não sei cozinhar), levar ou buscar da escola quando está por aqui, brincar, ouvir, saber tamanho de fralda, comida predileta e tudo o mais.
Desde sempre ele fez questão de participar, de estar ao lado, de viver essa paternidade com as crias. Ganho dele. Ganho das crianças. E ganho meu que não fico sobrecarregada, mas não, ele não é um herói apenas por ser pai.
Ele é um pai fazendo seu papel de pai, assim como eu sou uma mãe que pratico meu papel de mãe. Nós dois estamos cumprindo com nossas responsabilidades que ganhamos ao colocar nossas três crias nesse mundão.